Depois de workshops em representação, o jovem actor tem no rebelde Bruno a sua primeira personagem. Conseguiu atingir o objectivo mas deixa transparecer alguma insegurança.
1 - Como é que está a correr esta experiência como actor em Morangos com Açúcar?
Uns dias melhores do que outros… nem sempre as coisas correm como quero e isso deixa-me um pouco em baixo, mas o que é preciso é “bola para a frente”.
2- Quais foram as principais dificuldades com que se deparou ao interpretar o Bruno?
Por vezes é o texto que se torna mais complicado… ao início, o que foi mesmo mais difícil foi criar a personagem, mas actualmente o complicado é conseguir mantê-la. Com o cansaço e a falta de experiência, por vezes, a tendência é sair da personagem, e há alturas em que o Rui prevalece sobre o Bruno.
3 - E por que é que acha que isso acontece?
É porque falta a expperiência. Apesar de ter frequentado dois workshops na NBP e outros dois na Act, creio que não é suficiente; se calhar nem três anos de Conservatório o são. Daí que diga que, por vezes, é fácil sair da personagem, mas eu trabalho todos os dias para que isso aconteça. Por outro lado, os textos também não são fáceis porque não entram facilmente no ouvido.
4- Mas isso prende-se com a linguagem que é utilizada na série?
Acho que o problema é o facto de ser uma linguagem usual demais. Em representação, acho que não se deveria utilizar esse tipo de linguagem, embora estejamos a falar de Morangos com Açúcar e de ser uma série virada para uma camada mais jovem. Se esta é para ser um exemplo e uma rampa de lançamento acho que devia haver um cuidado maior.
5 - Sente-se desiludido?
Não, nada! Todos os dias gosto de pertencer ao elenco da série.
6 - Acredita que o facto do elenco ser todo muito jovem e com pouca experiência nesta área pode ser um impedimento para haver um maior progresso?
Não, muito pelo contrário. Acho que com a ajuda de uns e outros podemos progredir mais. Falo por experiência própria. Tenho a sorte de contracenar muitas vezes com o Luís Simões e a Sara Barradas, que já têm uma carreira na representação, e que me ajudam imenso. Em relação ao Luís, adoro trabalhar com ele e só posso dizer que ele é uma excelente contracena, tenho muita sorte em representar a seu lado. Há uma grande diferença de idade entre nós, para aí uns seis anos, e a verdade é que ele ganha-me pontos em termos de experiência… O Luís também tem muito mais talento do que eu, porque tenho de trabalhar o dobro do que ele trabalha para que as coisas me saiam bem.
7 - É habitual pedir-lhe dicas?
Peço algumas, mas trabalho muito os textos em casa. Já no estúdio, quando há um compasso de espera, é que “batermos” em conjunto as deixas.
*Informação recolhida de vários sites e blogs portugueses MCA.
MCA. não é uma série genial?
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